Sigla LGBT – definição: É a sigla atual e oficialmente usada no Brasil para identificar o Movimento Socialmente Organizado de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Embora refira-se apenas a quatro letras, e esta é utilizada para identificar as orientações sexuais minoritárias (LGB), bem como as manifestações de identidades de gênero divergentes do sexo designado no nascimento (T).
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Dentro desta sigla T, do Movimento Nacional Organizado LGBT, encontram-se três segmentos correlatos, que se encontram na luta pelo mesmo direito igualitário ao respeito às suas reais Identidades de Gênero, mas que possuem demandas e especificidades distintas.
Travestis são pessoas que nasceram com um sexo biológico masculino, mas que se vestem, vivem e assumem cotidianamente comportamentos femininos e buscam modificar seus corpos com injeções e/ou comprimidos de hormônio feminino, aplicações de silicone líquido industrial e outras cirurgias plásticas, mas não sentem desconforto algum com seu sexo de nascimento.
Travestis aderem ao Gênero Feminino e assumem, da mesma forma, como estão inseridas e, pertencem ao mesmo Papel Social, algumas podem até ser ambíguas, tendo sua Identidade Social/Sexual masculina e feminina coligadas e convivem muito bem interagindo com essa dualidade independente da Orientação Sexual, e, podem ser heterossexuais, bissexuais ou homossexuais, ou seja, relacionar-se sexual, amorosa e afetivamente com Homens (hétero), Mulheres (bissexuais ou lésbicas) e/ou outras Travestis (bissexuais ou lésbicas), ao mesmo tempo, sem qualquer encargo de consciência ou transtorno psicológico.
Mulheres Transexuais são pessoas que acreditam que sua Identidade de Gênero não é a mesma do Sexo atribuído em seu Registro Civil de Nascimento e sentem intimamente, ou melhor, são convictas social e psicologicamente de que pertencem ao sexo/gênero feminino e, que houve discordância na predeterminação genética de seu Sexo Biológico.
Portanto, para ser definida como Mulher Transexual, não basta que uma pessoa queira pertencer ao gênero feminino ou se submeter à uma Cirurgia de Redesignação Sexual, apenas para usufruir vantagens culturais ou que goste de atividades típicas e vestimentas femininas, independente da Orientação Sexual. Como as Travestis, podem, também, ser heterossexuais, bissexuais ou homossexuais, ou seja, relacionar-se sexual, amorosa e afetivamente com Homens, Mulheres (cis ou trans) e/ou ambos ao mesmo tempo.
Homens trans são indivíduos que foram identificados como pertencentes ao sexo feminino durante o nascimento, porém se identificam como pertencentes ao sexo/gênero masculino, seja por meio da identificação nominal, das vestimentas e/ou das transformações corporais e, também, desejam ser reconhecidos socialmente como pertencentes ao sexo/gênero ao qual se identificam: homem/masculino. E, da mesma forma podem, também, ser heterossexuais, bissexuais ou homossexuais, ou seja, relacionar-se sexual, amorosa e afetivamente com outros Homens, Mulheres (cis ou trans) e/ou ambos ao mesmo tempo.
Pessoas Trans (travestis, mulheres transexuais e homens trans) podem ser equilibradas emocionalmente, inteligentes, espertas, extrovertidas ou neuróticas e agir normalmente como qualquer outra pessoa cissexual.
Pessoas trans (travestis, mulheres transexuais e homens trans) são pessoas que acreditam que sua identidade social e de gênero não é a mesma ao sexo atribuído em seu registro civil de nascimento e sentem-se intimamente, ou melhor, são convictas social e psicologicamente de que pertencem ao sexo oposto ao seu e que houve discordância na pré-determinarão genética de seu sexo biológico.
Rogéria (Travesti), Maite (Mulher Transexual) e Alexandre (Homem Trans) |
Pessoas Trans (travestis, mulheres transexuais e homens trans) desejam, na sua grande maioria, submeterem-se a um acompanhamento hormonal para adequar seu corpo ao sexo psicológico, porém nem todas optam por realizá-lo, e as razões pelas quais uma pessoa trans (travesti, mulher transexual ou homem trans) decide não fazer a terapia de reposição hormonal, variam de pessoa para pessoa, mas podem ser, por exemplo, problemas de saúde, medo de discriminação, crença religiosa ou ideológicas, etc.
Travestis e mulheres transexuais não são homens gays afeminados que querem ser, ou apenas vestem-se como mulheres, assim como homens trans não são mulheres lésbicas masculinizadas que querem ser, ou apenas usam roupas de homens; social, política e psicologicamente já são.
Pessoas trans (travestis, mulheres transexuais e homens trans) não transitam entre gêneros, binária, social e genitalmente, impostos e construídos. Tem seu gênero definido e constituídos social, político e psicologicamente, assim como não "passam batidas e batidos" na sociedade, pois não se disfarçam ou usam fantasias femininas ou masculinas, apenas assumem e expõem para a sociedade cisnormativa quem verdadeiramente são.
Imagens:
Rogéria: André Lima - Alexandre Peixe dos Santos: Marjorie Sonnenschein - Maite Schneider: Arquivo pessoal
Por: Iyá Fernanda de Moraes
Fernanda é assistente Social do Governo do Estado de São Paulo e Militante pelos Direitos Humanos da população LGBT