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Divas: Marlene Dietrich, uma história... uma referência









É com muito orgulho que apresentamos nossa nova colunista Em Neon: Fabíola Ferrari.
Em sua coluna ela fará um perfil das grandes divas mundiais, dentro da seção Divertidíssima.
Fabíola divide sua vida entre Brasil e Europa, é graduada e pós-graduada em Pedagogia pela Universidade de Gênova (Itália). É amante das artes, dos livros e de tudo aquilo que tem bom gosto. Encantou a cena paulistana com seus belos shows glamourosos na década de 90, antes de ir viver na Europa. Mas aos poucos tem voltado com suas performances em terras brasileiras, o que é muito bom, em um tempo que os bons shows estão cada vez mais escassos.
Bem-vinda Fabíola e fiquem com sua primeira matéria para o Em Neon.
Divirtam-se!


Olá amigos Em Neon!

Nessa minha estreia decidi escrever sobre ela, a diva alemã por excelência: Marlene Dietrich.

Marie Magdalene “Marlene” Dietrich, nasceu em Berlim no dia 27 de dezembro de 1901.

Cresceu e estudou em Berlim, com quatro anos começou a estudar francês, inglês, violino e piano.
Por causa de um problema em um dedo, interrompeu os estudos dos instrumentos musicais e se diplomou como cantora na Academia de Berlim.

Dietrich foi um verdadeiro mito, uma diva, deixando uma marca duradoura atravès de sua recitação, sua imagem e interpretação das canções que cantava lindamente. A sua voz era sedutora e sensual. Um mix, que raramente foi repetido depois dela, o suficiente para que ela entrasse na lenda do show business qual modelo de femme fatale.


O mito de Marlene Dietrich nasceu em contraposição com o de Greta Garbo, pois elas eram as estrelas principais de duas companhias teatrais rivais.

Em 1922 iniciou a sua carreira nos palcos dos teatros de Berlim trabalhando com o diretor Max Reinhardt, e obteve pequenas participações em alguns filmes mudos.


Em 1923 se casou com Rudolf Sieber e um ano depois nasceu a filha Maria Elisabeth. Em outubro de 1929 assinou o contrato para interpretar o filme que lhe deu fama  “O Anjo Azul”.

No dia seguinte a estreia do Anjo Azul, enquanto a atriz estava viajando a bordo de um transatlântico em direção aos EUA, a imprensa alemã a proclamava uma star. Foi nessa viagem que ela foi fotografada vestida da yacht man. O glamour daquela imagem varreu todos os medos da Paramount que tinha tentado proibi-la de mostrar-se em calças cumpridas: Naquela época, uma mulher que se vestisse com roupas masculinas era um ato quase subversivo.

Assim começou a sua carreira triunfante em Hollywood, o seu primeiro filme foi “Marrocos”, onde beija uma outra mulher. Com esse filme obteve a sua primeira indicação para o Oscar.

Depois de muitos sucessos, nos anos 50 a sua carreira entrou em declínio, mas nem por isso a diva sentiu-se derrotada, produziu um show onde cantava as canções dos seus filmes e levou para toda a Europa.


Marlene era bissexual declarada, a diva teve muitos amantes famosos, seja no mundo do cinema ou entre escritores famosos, entre os quais Ernest Hemingway. Teve muitos amigos homossexuais: as mulheres eram fascinadas por ela e os homens fascinados pelo seu charme.

Marlene Dietrich faleceu em Paris no dia 06 de maio de 1992.

Foi sepultada ao lado de sua mãe no cemitério de Berlim.

“Quando estou perto de minha mãe, nada de mal pode me acontecer”.
(Marlene Dietrich, 1984)

Homenagens à Dietrich


Em 2010 a atriz Sylvia Bandeira viveu Marlene no espetáculo teatral “As Pernas do Século”, que está de volta em cartaz no Maison de France (RJ).


Em 2013 a Rainha do Pop Madonna realizou uma premiére da MDNA Tour no Paris Theatre, em Nova York, e apareceu vestida de Marlene Dietrich, uma homenagem à estrela alemã que esteve no mesmo local em sua sua inauguração, em 1948.


Mas não foi a primeira vez que Madonna traria Dietrich como referência. Há como dizer que Madonna não seja apaixonada por Dietrich?

Apaixonada ou não, ela buscou em vários momentos de sua carreira referências no estilo da atriz alemã em shows, clipes e editoriais de moda, como vocês podem ver na sequência acima.


Definida como uma Trans-style, a alemã Jasmina von Leeds, faz homenagens a grande divas emprestando seu corpo para se transformar nas estrelas em editoriais de moda. Fez assim com Liz Taylor, Romy Schneider e com sua conterrânea Dietrich.


A carioca Karla Sabah, atriz e cantora, no show de lançamento de seu quarto CD solo, “Amor Canalha”, dirigido pelo Dzi Croquete Bayard Toneli, fez o número de abertura com a música “Pra ser só minha mulher”, de Ronnie Von, onde se apresentou com um elegante terno, assinado por Roberta Stamato, numa referência ao figurino de Dietrich em “Marrocos”, filme de 1930.


Em junho de 2011 a atriz Scarlett Johansson foi fotografada por Tim Walker em um ensaio para a W Magazine, onde aparece vestida como Dietrich, com um bolero de tule de seda de Oscar de la Renta.



Marlene sempre é referência na alta-costura, tanto nos desfiles...


...quanto nos editoriais de moda,  como vocês podem ver abaixo Beyonce para a L’Uomo Vogue, Junho de 2011 e Kirsten Dunst para a V Magazine, primavera de 2010.


E finalizando Kate Moss fez um editorial para a Vanity Fair todo inspirado em Marlene.

Com tantas referências e homenagens fica muito claro que Marlene Dietrich está no hall das grandes divas do mundo.

Beijos e até a próxima, com mais uma diva em destaque.

Por: Fabíola Ferrari

Fabiola é graduada e pós-graduada em Pedagogia pela Universidade de Gênova (Itália). Amante das artes, dos livros e de tudo aquilo que tem bom gosto, vive em Roma desde o final dos anos 90. Nome de peso da noite paulistana, é uma artista incomparável. Grande fã de Dalida e de outras cantoras europeias, que em seus shows as personifica com requinte e glamour.

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