"Morta a transexual que desfilou crucificada na Parada LGBT"
Esta é a manchete que parece ser o mais novo "sonho de consumo" de muita gente que não entendeu o protesto de Viviany Beleboni no último domingo, durante a 1ª Parada LGBT de São Paulo. Felizmente, a imagem que ilustra esta matéria foi feita no momento em que Viviany era maquiada para o seu protesto.
A foto pode chocar os desavisados, mas no entanto, as fotos de transexuais mortas que estão circulando nas redes sociais parecem não chocar aqueles que estão condenando a modelo e atriz.
Na segunda-feira, após a 19ª Parada LGBT de São Paulo, ocorrida no domingo 07/06, o assunto do dia foi a performance da atriz e modelo transexual Viviany Beleboni, crucificada e flagelada, representando a morte de inúmeros LGBT no país.
CURTA O EM NEON NO FACEBOOK
Facebook de Viviany Beleboni foi excluído após denúncias |
"Estão me ameaçando de morte, dizendo que eu vou pagar pelo que fiz, que vão orar para que eu tenha um câncer e que morra. Não fiz aquela manifestação para atacar ninguém. Ao contrário, estou cansada de tantos crimes de ódio, de tanto preconceito", declarou Viviany aos prantos, ao jornalista Neto Lucon.
Viviany está chocada com a maldade das pessoas. No dia seguinte à Parada ela foi ao programa Super Pop, da Rede TV! Onde se mostrou indignada com toda essa polêmica. Não que ela não esperasse uma reação contrária de algumas pessoas, mas visivelmente nervosa e abalada, chorou ao relembrar de violência sofrida na infância.
Confira abaixo um trecho do programa Super Pop com a participação de Viviany:
Embora muita gente tenha sido contra, há muitas pessoas que entenderam sua proposta e está a favor de Viviany. Um grupo está promovendo um protesto para o dia 20 de junho em frente ao Masp chamado “Crucificação Coletiva” em prol da tolerância das mais variadas manifestações artísticas e da integração social LGBT, homoafetividade, heteroafetividade, diariamente, por um amor universalista.
Durante o manifesto serão espalhadas pequenas cruzes pelos centro de São Paulo indicando o local cada pessoa morta e agredida por homofobia, por intolerância religiosa e repúdio a atos artísticos.
No vão do Masp será reproduzida a representação da crucificação feita por Viviany Beleboni na Parada LGBT.
Pelo visto, o ato de coragem e luta pelos direitos que Viviany encenou na Parada ainda vai repercutir por um tempo. Se houvesse a lei contra a Homofobia, Transfobia e Lesbofobia, isso tudo não seria preciso, pois só aconteceu, justamente, para pedir socorro às leis do país.
Imagens: Arquivo Pessoal e Reprodução
A Redação