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ABCDi Polly: Miss Biá a experiência é tudo



Eduardo Albarella é o nome do homem que dá vida à icônica Miss Biá. Começou sua carreira no transformismo no final da década de 1950 e início de 1960 e nunca parou. São mais de cinco décadas de trabalho. Incansável, pretende ir muito além.

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Seu nome artístico veio de uma música de Carmen Miranda, que dizia "Biá tatá, Biá tatá...".

Com 75 anos há momentos marcantes que fazem parte da vida de Eduardo e Miss Biá, seja como homem ou como artista. Enfrentou a época da ditadura, viu nascer o transformismo como profissão no Brasil, trabalhou como costureiro de ninguém mais ninguém menos, que Hebe Camargo, trabalhou sobre a batuta de Elisa Mascaro nas boates Medieval e Corintho, entre tantas outras façanhas. Sem falar que ela é uma das transformistas há mais tempo na ativa, em São Paulo.

Em um bate-papo com Kaká di Polly, Eduardo Albarella, na pele de Miss Biá respondeu o significado de algumas palavras, pessoas e sentimentos. Vamos conferir?



AMOR: Algo intenso.
BELEZA: Um prêmio.
CORINTHO: Foi o máximo.
DEUS: Uma dádiva.
ELISA MASCARO: Ela é única.
FAMÍLIA: Também é um prêmio.
GRATIDÃO: Pouca gente tem.
HEBE CAMARGO: Uma grande estrela.
INVEJA: Péssimo defeito.
JUVENTUDE: Alegria de viver.
LUXO: É poder.
MISS BIÁ: Uma pessoa privilegiada.
NOSTRO MONDO: Uma grande vitrine.
ORGULHO: Fazer o bem ao próximo.
PALCO: É minha vida.
QUALIDADE DE VIDA: Simplicidade.
ROBERTO MAFRA: Um batalhador.
SALETE CAMPARI: Uma lutadora.
TEMOR: Da morte.
UNIÃO CIVIL LGBT: Bobagem. Se você está com quem ama não precisa disso.
VAIDADE: Se gostar, se amar.
XINGO: Não faz parte de mim.
ZERO: Para o preconceito.

Biá, antes de terminar esse bate-bapo tenho que bater cabeça para você, pois sua história é rica e deveriam fazer um livro sobre você. Tive um imenso prazer em conversar contigo e estou muito emocionada por mostrar um pouco de você às pessoas, principalmente às iniciantes, pois elas devem saber que para elas saírem "montadas" na rua, hoje em dia, muita gente deu a cara a tapa no passado, para que isso fosse possível. A hierarquia e a história devem ser respeitadas.

Beijos da Gorda.

Foto: Acácio Brindo / Eduardo Moraes

Por: Kaká di Polly - CLIQUE AQUI para ver outras matérias de Kaká di Polly.

Kaká di Polly é a Drag Queen vivida por Carlos Alberto há mais de três décadas. Após escrever durante anos para a grande maioria da mídia LGBT, lançou o jornal Atitude. Foi a idealizadora da Campanha: Paz, Amor e Camisinha – Absolutamente Conscientes. Irreverente, polêmica, rebelde e contestadora, conquistou nestes anos muitos amigos, respeito e admiração de uma legião de fãs.

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